tag:blogger.com,1999:blog-3576613701172944515.post2704977923612059107..comments2023-11-30T15:16:27.003-03:00Comments on De Chaleira: AS TEIAS, AS VEIAS, OS FIOSUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3576613701172944515.post-17125864693027812922010-02-01T12:55:03.483-02:002010-02-01T12:55:03.483-02:00Esta estimilante sincronia Alan-Salla, no primeiro...Esta estimilante sincronia Alan-Salla, no primeiro de fevereiro, prenuncia a coluna INTERINTRA - o pulso diferencial do "coletivo' no blogue, seu marcador precisamente 'aracnídio'. Nela, a potência da quebra de fronteiras dirá a que veio, como novidade. Pelo fôlego, haveremos de ter até uma Hilda Hilst traduzida para o finlandês no seio de uma obra híbrida castiço-trovadoresca, ilustrada por expressionismos popart. Com as águas de março...Marco Antônio de Araújo Buenohttps://www.blogger.com/profile/14427839231206513520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3576613701172944515.post-66188319337756188472010-02-01T01:59:24.309-02:002010-02-01T01:59:24.309-02:00Belo apagão de luz de Guilherme, numa condensação ...Belo apagão de luz de Guilherme, numa condensação imagética de " Feito cacho de aranhas pulsa o coração/ Nem os morcegos cegos escapam-lhe da teia", de um brutalismo urbano, por isso dócil (no sentido de familiar e à mão do olhar) de "A agulha se afunda nos pelos, o sedativo/ bambeia as patas e atrapalha a rota dos cães", resumindo ao que se vê, de diuturnamente vulgar, na rua, a imagem do inferno aracnídeo que abriu o primeiro verso.<br />Há cores veramente expressionistas aqui, me lembrou Strämm, Heym e Iwan Goll, que por coincidência andei lendo no tédio do domingo de hj, no de "Löwen langweilen sich/ Bäche altern", mal traduzido aqui por mim em "Leões se acham entediados/ riachos envelhecem", do Der neue Orpheus, como em Guilherme, mais "compacto", há "As mulheres chamam-gritam./ Diga a elas sobre o vento,/ que se não fossem os pinheiros/ nada disto estaria, hoje, aqui.<br /><br />O tom peçonhento que caminha conduzindo os fios do discurso pelos subterrâneos do poema põe os venenos-caninos-caninanas de fora no último quarteto "Mas, assim enredado de teias,/Veias do poste encordoando/ a caixa de força, relógio de luz,", perfazendo o percuso de subjetividade-mundo, coração-poste, a figura transladada da aranha e sua confusão de enredos posta pra fora. Mas o golpe de misercórdia vem da constatação prosaica, que criaria, se não fosse usada como uma coda em tom pastel, um hiperbolismo de veias abertas: "perguntam: como se faz para ler/ a luz? – Luz? Luz não se mede!"<br /><br />Quem pergunta? Guilherme não diz. E ele mesmo, seu Das Es, é o "quem" insinua que a Luz não tem tempo-espaço: luz é aranha que tece de fora para dentro e vice-verso.<br /><br />Como me dá gosto de dizer: Bravo !Luciano Garceznoreply@blogger.com