Por Talita Oliveira
pensei em ti
e isto
já seria o contrário do que vives.
sou uma bacante lassa
corroída pelas correntes da vida.
Rute jazia aqui tão cansada
emparedada pela serpente
dos abismos resgatada e ancestral.
palavra sentida, plena do pó que pisaste
por pés que desmereceram o caminho andado.
pedra de sal
a cidade que deixei depois de ti
nos olhos do passado que contemplam-te indo
longe da memória
da cidade que deixei.
2 comentários:
Nossas boas-vindas, Talita, neste poema que inaugura a coluna Cantomínimo, já no fervo desde Domingo, 27. São dispositivos atômicos, condensados mesmo, que o De Chaleira bem acolhe. E explodiremos todos juntos.
Merde!
Obrigado, Marco. Espero que minhas conversações poéticas agradem os "Chaleiras". ;)
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