Em passos de asa, vôo
Mesmo assim sem liberdade
Uma ave, uma Maria
Que não sabe se vivo ou morro
Eu sinto saudades não sei do quê
Choro, afobo, grito, amanso, rio
Que escoa para o mar da sorte
De ser o que me quer vencer, levar
Estarei enquanto o rei não voltar à barriga
Dou de ombros a qualquer nado de costas
Sem abanar o rabo, esnobo a fresca da vida
Vem me provocar se não me gostas
Gasta-me menos a dor da ferida
Mãos postas na mesa: agora rezo
Um Deus feito de céu me guia
Azul, sem olhos, manco e perfeito
Feito da esquizofrenia de vários
Eu acredito na noite mais que no dia
Quando as cortinas de breu se abrem
Quando as cortinas de breu se abrem
Um comentário:
duas belas imagens
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