Por: Paola Benevides
Sobre o teto fumê caminham pés larápios
Tão rápidos quanto pulos de gato no cio
Daqui se vê o ângulo pelos sexos e lábios
Querendo vender mios por almas de casa
Se cair, quebra, se rachar, penetra água
Atire o primeiro caco quem não for pedra
Queima em brasa medrosa mão no tiroteio
Dos alambrados somos todos prisioneiros
A cruz de Cristo parece com um estilingue
A paz se extingue quanto mais se sangra
Nós metemos medo e somos assombrados
Um dia lama, noutro lanterna dos afogados
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