18 maio 2013
SÓ EM QUALQUER FESTA
Só em qualquer festa
Por Rafael Nascimento*
rente aos meus pés
estão outros pés
evitando a dor dos pisões
e da falta de assunto.
rente aos meus ombros
no contíguo do vácuo que faz meu corpo
mexem-se outros corpos
na incontinência de um prurido
manifesto em riso
que é acaso
e na soma do som
que é ruído.
tanto que no hábito vital
de ver por dentro das garrafas
o fundo
logo eu me sinto pronto
e a noite, pronta
a ver tudo como se fosse
o mundo
pra no fim caminhar lento
e sentir na nuca o afago
daquela Gomorra de pedra
na iminência de despertar.
*Esta é a estreia da coluna História da Noite que posto hoje excepcionalmente. Ficará nos domingos.
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2 comentários:
Ôpa, sangue novo com poema 'ao rés do chão', como o diria o Antônio Cândido sobre a ideia de crônica. Valeu Rafael!Tu deve ser o Rafael que ESCREVE, ao contrário do Noris, rsrs
Chegou chegando.
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