SOBRE A PAIXÃO E OUTRAS DORES
Por Rafael Noris
Deu-lhe um bofetão na cara. Um gemido.
- Quando deixou de me amar? perguntou, agora escondendo a face na palma das mãos, sem acreditar no que acontecia.
Então, enfiou a faca três vezes onde acredita ficar o rim dela.
Na quarta, pensou.
- Acho que ainda te amo.
Uma quinta, tão intensa.
Por Rafael Noris
Deu-lhe um bofetão na cara. Um gemido.
- Quando deixou de me amar? perguntou, agora escondendo a face na palma das mãos, sem acreditar no que acontecia.
Então, enfiou a faca três vezes onde acredita ficar o rim dela.
Na quarta, pensou.
- Acho que ainda te amo.
Uma quinta, tão intensa.
2 comentários:
Ô crueza trevisânica, fora o pós-cubismo da ilustração. Precisamos localizar o grande artífice que, anterios ao próprio Dalton, nos 70's, escreve contos de meia página e só conseguimos ler três ou quatro de um fôlego, tal a condensação, o arrojo e a crueza. Falei com ele logo no retorno da Alemanha e o perco de vista!Colunistas - missão: encontremos o Luiz Eduardo Degrazia, pra ontem!
Crimes passionais são um fascínio. A tua crueza me apetece. Dei uma risada alta aqui, meninos, macabramente. Mas antes tê-la acertado o rim que o órgão pulsante... Digo, o sexo. Ilustração hiperpotente!
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