Olho a palavra,
sua nervura
como se morte,
loucura.
Olho a palavra
fora de mim.
Não a tenho.
Não a quis.
Me olha a palavra
sua aspereza
detrítica, areia
de após a cheia.
Olho-a e me fere
sua raiz:
rasgo profundo
de operatriz.
{O poema acima foi publicado no livro coletivo Cara a Cara. Raridade. Encontrada graças aos Arquivos Incríveis de João Antonio Büher de Almeida}
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