toda a vil cobiça é abandonada,
e cadê a iluminação?
cadê a foto do primeiro Buda
no fundo do poço?
cadê o espelho do Buda
que salvou a aranha e sua teia a samambaia e o revólver?
o tédio o morro a taquicardia
os ventos uivantes e o óbvio ululante?
cadê o fundo do poço, aliás?
uma das pedras musguentas
do tanque
perorava tentando encobrir o zumbido inquieto da libélula,
toda surda e transparente:
"- Vamos, não fique a vontade na casa
desse Buda!
Passe voando, criatura,
pelo deserto chamado "Aqui Não Mora Nenhum Buda"."
mas cadê a rã a pedra o musgo e a transparência
cadê o número um?
"Aqui Não Mora Nenhum Buda"
um a foto da primeira iluminação
uma cantiga
uma estação que favorece a instrospecção
e certo hermetismo
uma balada elizabetana
uma dor de dentes
cadê?
cadê?
cadê?
cadê?
cadê?
cadê?
cadê?
cadê?
cadê?
Um comentário:
Delirança e delirança e esmaecimento.
Um meta tudo!Gosto muito, caro!
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