Por: Paola Benevides
Risca
de giz o meu brim
Rasga
meu jeans
Mete
o cetim dentro da calça
Arranca
minha alça no dente
Sente
o nosso tecido nervoso?
Levanta
esse vestido até o umbigo
Vê
minha calcinha de renda
Renda-se
a cada fio de meia ¾
Vamos
para o quarto de despir
Quero
sentir seu aveludado
Novelo
de lã em pelo na anágua
O
fechecler não quer abrir
Desafivelemos
com calma
Meu
modelo, já o quero nu
Estou
sem sutiã
Olha
quanto eu suo!
Nós
nos amamos sobre a trouxa de roupas
Sujas
estampas que logo poremos a lavar
No
varal, uma cueca branca entre as rotas
Denuncia
por onde tentei lhe desabotoar
Meu
batom também manchou o colarinho
E
enquanto as nossas peças não enxugam
Na
máquina a centrifugar peço outro carinho
Em
cada poro sem ar que seus beijos me sugam.
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