POEMAS GANHADORES:
1º - CIRCUMAMBULATIO, de Jorge Xerxes;
2º - A OUTRA MONTANHA, de João Elias Antunes de Oliveira e
3º - NO TEU CORPO, de Antonio Rodrigues Belon.
MENÇÕES HONROSAS:
ARS POÉTICA - Por Rogério Luz ;
CABIDELA HUMANA - Por Geraldo Trombin.
PRIMEIRO JURADO : Vitor Queiroz - Colunista do De Chaleira - FOLHETHIN;
PRIMEIRO JURADO : Vitor Queiroz - Colunista do De Chaleira - FOLHETHIN;
SEGUNDO JURADO : Marco A. de Araújo Bueno - Coordenador (SGI) do De Chaleira - BREVIDADES, INTERPOLARIZANDO, ENTORNO DE CHALEIRA
OBSERVAÇÃO:
O 1º lugar - Circumambulatio, de Jorge Xerxes – será publicado publicado no livro de indrisos editado a ser estabelecido por Isidro Iturat (Poeta que concebeu a modalidade), que, apesar da pré-condição de 'inétitos' à antologia, autorizou a publicação do poema vencedor no De Chaleira.
Circumambulatio
gárgula de ímpetos imanentes
o mais astuto dos segréis calar-se-ia
ante um torvelino de queixas tão obtusas
mas acolhe: afaga-lhes as faces rombudas
abre-lhes as palmas feridas de pedras
para que delas abandonem sorridentes flores
os embates não nutrem pérolas em ostras
é a síntese a erigir-lhes sentido.
O 1º lugar - Circumambulatio, de Jorge Xerxes – será publicado publicado no livro de indrisos editado a ser estabelecido por Isidro Iturat (Poeta que concebeu a modalidade), que, apesar da pré-condição de 'inétitos' à antologia, autorizou a publicação do poema vencedor no De Chaleira.
Circumambulatio
gárgula de ímpetos imanentes
o mais astuto dos segréis calar-se-ia
ante um torvelino de queixas tão obtusas
mas acolhe: afaga-lhes as faces rombudas
abre-lhes as palmas feridas de pedras
para que delas abandonem sorridentes flores
os embates não nutrem pérolas em ostras
é a síntese a erigir-lhes sentido.
Autor: Jorge Xerxes é natural de São João da Boa Vista, SP. Mantém o sítio www.jorgexerxes.wordpress.com - "Palavras Órfãs de Poesia: O que Restou". Publicou "As Cinquenta Primeiras Criaturas", Livro de Contos e Poesias, 150 pp, Editora Multifoco, (2010).
2° Lugar
A OUTRA MONTANHA de João Elias Antunes de Oliveira
Menino apascentando cabras na montanha.
O tempo badala no pescoço.
A longa vara indica a superação da sede.
O cajado ampara o medo.
Duas bocas compreendem o sol da manhã.
Apascenta os sonhos.
A montanha projetava seus ecos no vazio.
Menino apascentando seu rebanho de pedras na montanha.
Elias Antunes é professor, servidor público e escritor, publicou vários livros.
3º Lugar
.
NO TEU CORPO
Arquitetura!
Arquibundura!
Arquimedes
Não me deu
(eureca)
Nem o grito nem o achado.
Teus seios...
Teus quadris.
Professor de Literatura Brasileira aposentado na UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atua no Programa de Pós-Graduação, Mestrado em Letras, do campus de Três Lagoas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e realiza estágio pós-doutoral e outras atividades no Programa de Pós-Graduação em Literatura na UNB – Universidade de Brasília.
MENÇOES HONROSAS
ARS POÉTICA, de Rogerio Luz
Nada saber não é um privilégio
da pedra ou do animal: o pensamento
se perde na palavra, nos intentos.
Nada pensar entre paixão e tédio
nada dizer acerca da montanha –
toda palavra dita soa estranha.
Emudecer a voz – tristonha ou álacre.
Vocábulos de júbilo dos pássaros.
Rogerio Luz (Rio de Janeiro, 1936) é professor aposentado da ECO-UFRJ. Poeta, ensaísta e artista plástico, publicou diversos artigos e livros na área de estética, psicanálise e crítica de arte. Tem três livros de poesia: Diverso entre contrários. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004, Correio Sentimental. S.Paulo: Giz Editorial, 2006, e Escritas. Goiânia: Editora UFG, Coleção Vertentes, 2011.
CABIDELA HUMANA, de Geraldo Trombin
Meu sangue avinagrado já está fervendo na panela.
Minhas partes – cabeça, pescoço, pés, asas criativas sem adejo –
Todas decepadas, prontas para serem refogadas.
O coração prestes a ser afogado na sua hemoliquidez;
O fígado embebido na sua lânguida embriaguez.
Sinto-me miúdo.
Sinto-me aos pedaços.
Prato a ser devorado.
Geraldo Trombin é publicitário, membro do "Espaço Literário Nelly Rocha Galassi" – de Americana/SP (desde 2004) e da CL (Concursos Literários)
Lançou em 1981 "Transparecer a Escuridão", produção independente de poesias e crônicas, e em 2010 "Só Concursados - diVersos poemas, crônicas e contos premiados". Com mais de 190 classificações conquistadas em inúmeros concursos realizados em várias partes do país, tem trabalhos editados em mais de 70 publicações.
NO TEU CORPO
Arquitetura!
Arquibundura!
Arquimedes
Não me deu
(eureca)
Nem o grito nem o achado.
Teus seios...
Teus quadris.
Professor de Literatura Brasileira aposentado na UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atua no Programa de Pós-Graduação, Mestrado em Letras, do campus de Três Lagoas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e realiza estágio pós-doutoral e outras atividades no Programa de Pós-Graduação em Literatura na UNB – Universidade de Brasília.
MENÇOES HONROSAS
ARS POÉTICA, de Rogerio Luz
Nada saber não é um privilégio
da pedra ou do animal: o pensamento
se perde na palavra, nos intentos.
Nada pensar entre paixão e tédio
nada dizer acerca da montanha –
toda palavra dita soa estranha.
Emudecer a voz – tristonha ou álacre.
Vocábulos de júbilo dos pássaros.
Rogerio Luz (Rio de Janeiro, 1936) é professor aposentado da ECO-UFRJ. Poeta, ensaísta e artista plástico, publicou diversos artigos e livros na área de estética, psicanálise e crítica de arte. Tem três livros de poesia: Diverso entre contrários. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004, Correio Sentimental. S.Paulo: Giz Editorial, 2006, e Escritas. Goiânia: Editora UFG, Coleção Vertentes, 2011.
CABIDELA HUMANA, de Geraldo Trombin
Meu sangue avinagrado já está fervendo na panela.
Minhas partes – cabeça, pescoço, pés, asas criativas sem adejo –
Todas decepadas, prontas para serem refogadas.
O coração prestes a ser afogado na sua hemoliquidez;
O fígado embebido na sua lânguida embriaguez.
Sinto-me miúdo.
Sinto-me aos pedaços.
Prato a ser devorado.
Geraldo Trombin é publicitário, membro do "Espaço Literário Nelly Rocha Galassi" – de Americana/SP (desde 2004) e da CL (Concursos Literários)
Lançou em 1981 "Transparecer a Escuridão", produção independente de poesias e crônicas, e em 2010 "Só Concursados - diVersos poemas, crônicas e contos premiados". Com mais de 190 classificações conquistadas em inúmeros concursos realizados em várias partes do país, tem trabalhos editados em mais de 70 publicações.
O De Chaleira e blogues parceiros nesta iniciativa pioneira (a modalidade Indriso foi concebida há apenas dez anos, na Espanha, por Isidro Idurat) saúdam a participação e inventividade de todos os 108 inscritos neste concurso. Agradece também o estofo dos abalizados comentários do colunista Vitor Queiroz, a que se deve a criteriosa orientação que pautou o julgamento das peças.
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