Estacas
Por Wlaumir Souza
Errado dia
Assim por acaso
Encontrei-me com o vazio
Ele nada disse
Nenhuma proposta instou
Apenas e tão só
Ficou
Vez por outra
Acerto o dia
Pergunto
Encontrou-me
Encontrei a ele
Inseparáveis
Destroços do passado
Cotidiano do ausente
Restos presentes
Diário suturado
30 agosto 2013
29 agosto 2013
SONETO III
Por Marcelo Finholdt
A casinha é laranja e tem brancas janelas.
É um laranja bem forte a ascender todo o astral...
Na varanda há um vazio, um vazio sem igual,
Lá um alguém existiu, com uma face tão bela.
Existiu uma moça amorosa e singela,
Inocente donzela a avançar sem o mal,
Na procura do amor, coisa tão natural,
Deixou logo seu manto ao mostrar quem é ela.
No jardim desta casa, a menina está a ler
Uns poemas de amor junto a seis margaridas,
Ela espera um poeta anunciar que vai ter
Uma vida esculpida onde não há ferida.
A menina ainda lê e o poeta é esse ser,
Que faz ela existir, pois também vê a vida!
28 agosto 2013
27 agosto 2013
O ULTIMO POST DO INVERNO
por Vítor Queiroz
MALDITO FRIO
1.
ANTI-HAICAI
Café frio, vento sorrateiro,
rio sombrio
e o fantasma sonolento dum pastor de cabras
coçando o cu
no oco no toco de uma paisagem de inverno.
2.
LIQUIDAÇÃO de inverno
artigos PARA VENDA
um terremoto............................. no Japão
uma motocicleta......................... velha
a inutilidade............................... de um cupido de gesso
cascas de canela........................ sem olor
uma lagarta................................ num jardim de inverno
o próprio jardim........................ de inverno
uma balança.............................. claudicante
e esse buquê roxo..................... de tanta inexistência
um cacho de bananas................. maranhão
3.
BALADA dos mendigos
da cidade DE CAMPINAS
[ .. 2pt.] é que
, féladapu[ .............. 14pt.]ta!
MALDITO FRIO
1.
ANTI-HAICAI
Café frio, vento sorrateiro,
rio sombrio
e o fantasma sonolento dum pastor de cabras
coçando o cu
no oco no toco de uma paisagem de inverno.
2.
LIQUIDAÇÃO de inverno
artigos PARA VENDA
um terremoto............................. no Japão
uma motocicleta......................... velha
a inutilidade............................... de um cupido de gesso
cascas de canela........................ sem olor
uma lagarta................................ num jardim de inverno
o próprio jardim........................ de inverno
uma balança.............................. claudicante
e esse buquê roxo..................... de tanta inexistência
um cacho de bananas................. maranhão
3.
BALADA dos mendigos
da cidade DE CAMPINAS
[ .. 2pt.] é que
, féladapu[ .............. 14pt.]ta!
20 agosto 2013
REITERANDO EM FACE DA ANTOLOGIA "CONEXÕES" - POESIA PÓS HUMANÍSTICA, NO PRELO
"Todos os Portais - Experiência Expandida". Nelson de Oliveira,organizador, e Bráulio
Tavares, palestrante, em pé à direita, atrás de Mustafá A. Kanso (PR)
Foto por - Ju Ramasini
A Fila
Por Marco Antônio de Araújo Bueno
Tavares, palestrante, em pé à direita, atrás de Mustafá A. Kanso (PR)
Foto por - Ju Ramasini
A Fila
Por Marco Antônio de Araújo Bueno
Não lhe causou estranhamento algum quando, já na entrada daquele pátio, topou de cara com a tabuleta bem postada, solene, onde se lia: “A FILA”. Em caixa alta, sem serifas, preto sobre o branco e bem à altura da vista. A lucidez com que se impunha excluía e conclamava a presença de uma crase, isso sim, seria de se estranhar? Ao contrário, era quase uma condição, uma essência mesmo da placa, essa simultaneidade. A caminho, no entanto, lembrou-se ter lido “FUNERÁRIA” onde seria mais crível que, pelo recorte urbano do local, pela vizinhança típica, lá estivesse escrito “FUNILARIA”. Mas este petisco caprichoso, já o reservara ao analista, até por uma questão de comodidade, ou de resistência. Não era o caso desta placa. O máximo que ela permitia era conjecturar se teria faltado um ponto de exclamação ou, algo mais sutil – se, por decoro de se evitar um imperativo grosseiro, autoritário, suprimiram elegantemente um “RESPEITE A FILA!”. E era essa condição que impunha respeito.
Tudo isso lhe infundia uma espécie de esperança vaga, de crença em valores substantivos, de confiança pela confiança; acelerou a marcha e perfilou-se aos demais. Não eram muitos, os demais. Silhuetas discretas, deslocamento proporcional aos espaços sucessivamente desocupados pelo atendimento. Pessoas, como ele, ali, na fila. Dispunha de um dispositivo contra o enfado, conversa mole, mas, sobretudo, contra a timidez incorrigível. Era um livrinho em formato seis por cinco que cabia em qualquer canto de bolso, paginação confortável e à prova de olhares bisbilhoteiros. “Padre Antônio Vieira”, uma antologia...viria a calhar; apalpou e, pela espessura percebeu o engano; era um Hamlet cuja impressão, de tão nítida, dava para ler até nos vagões do metrô e, até por isso, ele o reservara para o crepúsculo.
Decepcionado, enfiou as mãos pelo bolso e resignou-se a sua corporeidade perfilada aos demais. Foi então que se instalou um certo caos no recato daquela espera ordenada. Um homem deixou a fila e, ajeitando pasta e capacete pelos braços aproximou-se, agachou-se e ergueu do chão um retângulo de plástico cinza.- “Esta senha é sua, não?” Sim, era dele, escapou do bolso onde guardava o William Shakespeare das horas crepusculares. – “Melhor ficar esperto pra quando a fila bifurcar”, asseverou, num tom de voz sinistro, em baixo profundo e olhando furtivamente para os lados e para cima, em direção ao começo da fila. – “Obrigado, mas que bifurcação é essa?” Olhou para o edifício à frente, era térreo, não havia razão para olhar para cima.
O caos instalou-se por uma razão singela e contra cuja obviedade, a menor inobservância parecia implicar em afronta grave. Tinha alguma relação com as senhas e aceitar que a cor da senha determinasse a bifurcação parecia tão consensual aos demais, que apenas uma leve indagação sobre sua razão de ser, soava como um libelo. E tornava o perfilado um contraventor.
- “A minha, senhor, eu sei que é branca. Quando bifurcar lá na frente eu sei pra onde devo me dirigir. E a sua que eu vi que é cinza vai tomar outro destino. Fica mais atento que ninguém aqui é ingênuo nem palhaço!”.
- “Bom, já que” branco “não é cor, deve ter senha preta também...”.
- “Tem sim senhor, mas ninguém viu cair de bolso nenhum!”.
- “Deve ser porque não tem destino nenhum!”
{in Portal Neuromancer, 2008; LGE Editora-esgotado}
19 agosto 2013
Pequeno Conselho
Por Rafael Nascimento
Não toma o amor por
coisa:
tesouro segredado
na primeira infância
ponte a ligar duas
criaturas prontas
lugarejo onde pecas
sã.
Não toma o amor por
tempo:
o que foi ontem
calou de vez
o que será um dia
não possui voz
e o que é não sabe
sê-lo.
“Amor sublime selo”
que aos poucos se
sedimenta em nós
e nos tira o sono
de prazer e dúvida.
Peste sem raiz!
Gozo sem pele.
Não toma o amor
como medida:
muito pouco
pequeno grande
findo infindo
a tudo lhe escapa o
quantitativo
volta cega ao teu
início.
Não toma o amor por
esperança:
se fosse fácil não
escreverias
se fosse impossível
não terias filhos
e se fosse eterno
não amarias.
17 agosto 2013
BLUEKOWSKI
by: Paola Benevides
There's a bluebird in a bottle that
Wants to get out
His beak put a message in stout:
- Anybody seen the rue?
Named Bukowski, he flew
High as a kite...
16 agosto 2013
DIREITO
Direito
Por Wlaumir Souza
Telhados
Pedras
Todos têm
Não atirando a primeira
Os envidraçados não intervêm
Joguemos todas a pedras
Façamos a carnificina da moral
Depois
Desarmados
Unidos pela dor
Repletos dos erros
Sentemo-nos
Dialoguemos
Sem a marca
Caim
Sem a chancela
Hipocrisia
As demandas
Os acordos
Os juízes
As sentenças
Calados pela paz
Ensimesmados do humano
Dilacerados por Maniqueus
Reerguidos da dicotomia
Vale a vida
Para além
Vale a devassidão
Esgarçada pela morte
Requerida pela vida
Por Wlaumir Souza
Telhados
Pedras
Todos têm
Não atirando a primeira
Os envidraçados não intervêm
Joguemos todas a pedras
Façamos a carnificina da moral
Depois
Desarmados
Unidos pela dor
Repletos dos erros
Sentemo-nos
Dialoguemos
Sem a marca
Caim
Sem a chancela
Hipocrisia
As demandas
Os acordos
Os juízes
As sentenças
Calados pela paz
Ensimesmados do humano
Dilacerados por Maniqueus
Reerguidos da dicotomia
Vale a vida
Para além
Vale a devassidão
Esgarçada pela morte
Requerida pela vida
15 agosto 2013
BACANTES, BACO E AS BACANAIS
por Marcelo Finholdt
Era o Éter da vela estendida entre os céus
Que explicava o porquê desta bela folia:
Entre as velas de cor, entre os vinhos gemia
E sentia prazer sem sequer ver-se em véus!
Ela estava sedenta e pedia mais mel,
Hora não existia: era noite e era dia
Era dia e era noite ela sempre insistia
E deus Baco espiou, entregou o anel.
Era a Ninfa fogosa e evitava falar
Dos aromas sutis, da paleta de cores.
Era azul, era verde e era o céu todo o mar.
Essas flores, sabor; esse odor com olores
Excitava e instigava o total paladar
E esses polens no mel fecundavam mais flores.
14 agosto 2013
HAICAI GUILHERMINO
HAICAI GUILHERMINO
Por Alvaro Posselt
O céu se estremece
Por entre nuvens de incenso
lá vai uma prece
Por Alvaro Posselt
O céu se estremece
Por entre nuvens de incenso
lá vai uma prece
11 agosto 2013
09 agosto 2013
CAMPOS DE CARVALHO POR RUY CASTRO
Campos de Carvalho
Por João Antônio Bühere de Almeida
FONTE: AIS
Por João Antônio Bühere de Almeida
Amargou um esquecimento por décadas, até que as novas gerações o descobriram. Hoje é festejado como grande escritor que é, no seu ramo do nonsense. Aqui verão uma pequena reportagem de Ruy Castro(então jovem com pouco mais de vinte anos), para a Manchete de 27-04-1968 .Ruy é rápido e certeiro, em poucas linhas nos traça um belo perfil do escritor. Campos deu poucas entrevistas na vida, estes pequenos depoimentos colhidos pelo repórter são dos poucos que restaram dele.
07 agosto 2013
FEDERIKA BEZERRA
Federika Bezerra com as bênçãos de Lady Gumes a diretora de relações da Mocidade Independente de Padre Olivácio - A Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo - desafia Macabea: coloco minhas metáforas nas entre/linhas entre/minhas entre/tuas
Por Artur Gomes
eu sou menina de rua
moro debaixo da ponte
do outro lado da linha
jogo de dada/ista
não sou iluminista/nem pretender
eu quero o cravo e a rosa
cumer o verso e a prosa
amanhecer nova poética
devorar a lírica a métrica
canibalizar a carne da musa
seja branca/negra
amar/ela vermelha verde
ou cafusa
eu sou do mato curupira carrapato
eu sou da febre sou dos ossos
sou da lira do delírio
e virgílio é o meu sócio
pernambuco amaralina
vida leve ou sempre/vida severina
sendo mulher ou só menina
que sendo santa prostituta
ou cafetina
devorar é minha sina
profanar
é o meu negócio
Por Artur Gomes
eu sou menina de rua
moro debaixo da ponte
do outro lado da linha
jogo de dada/ista
não sou iluminista/nem pretender
eu quero o cravo e a rosa
cumer o verso e a prosa
amanhecer nova poética
devorar a lírica a métrica
canibalizar a carne da musa
seja branca/negra
amar/ela vermelha verde
ou cafusa
eu sou do mato curupira carrapato
eu sou da febre sou dos ossos
sou da lira do delírio
e virgílio é o meu sócio
pernambuco amaralina
vida leve ou sempre/vida severina
sendo mulher ou só menina
que sendo santa prostituta
ou cafetina
devorar é minha sina
profanar
é o meu negócio
06 agosto 2013
WHARIA AVARIADA
Wharia Avariada
Por Marco A. de Araújo Bueno
I
Por Marco A. de Araújo Bueno
I
Sempre nos advertia que seu relato não seria nada amigável, mas nada aborrecido, replicávamos. Pegamos nossos rotores e deslizamos em direção ao solário onde, com tamanha transparência e nitidez jamais seríamos notados. Despiu-se.
-“Muito bem, por quê está aqui?”
-“Porque me forçaram.”
-“Sem ironias, isso não é um inquérito. Se cooperar, Task e eu seremos breves. O relatório do Softcare mostra avarias crânio-faciais. Internação voluntária.”
A campânula, toda blindada, reverberou um gemido gutural assustador, depois, silêncio. Tive um pico de pressão e Task crispou seus dedos trêmulos no cabo.
-“Relaxa, rato branco, eu nem comecei, eu nem comecei ainda.” Ria-se.
-“Wharia, podemos interromper e induzi-la à parada crítica. Seu rosto...
-“Meu nome é M’sharia, inpostor, sou paquistanesa de trinta gerações!”
-“Que substância lançaram no rosto, por quê lesaram seu rosto?
- “Porque eu toquei o vergalhão dele com gosto, e ele gostou, ruiu!Ruiu!
Task sussurrou algo, levantou-se e ela o imobilizou com o cabo.Gelei.
-“Agora vou contar tudo, enquanto o rato escuta com todo gosto, não?”
-“Muito bem, não acionei os sensores. Quero escutar sua história, tudo.”
II
Passados uns quatro ciclos, não mais às voltas com pesquisa no Departamento de Cyberantropologia, reenconto Wharia numa das alas do próprio Softcare. Acenou para mim com alguma leveza até, aproximou-se: -“Trabalho aqui, que ironia, não? Sub-coordenadora do grupo de Sexualidade e Robótica de Terceira Geração, cadê seu rato branco?”. Repliquei que fora desativado e se a robótica que estudava não seria a de trigésima geração. Andei catalogando arquivos criptografados sobre o trabalho de um tal Bateson, G. Face à provocação (chequei a suposta origem proto-paquistanesa dela; procedente...) a reação foi inusitada – deu de ombros. Como não me fez advertências desagradáveis, caminhamos juntos pela ala norte e conversamos sobre interface, etc., o que não foi nada aborrecido: “- Como anda a libido dos seus ciborgues?” “-Libidinosa, como a sua, talvez mais matizada”. –“Com as matrizes tão pouco oxidadas que aplicam neles...” – “Está equivocado, muito equivocado, eles referem desejo. Expandimos a memória original. E isso é confidencial, libidinosamente... confidencial, compreende?” Sorriu-me, pela primeira vez. Dei de ombros e ela replicou, ácida: “- Mas que gestuária mais pós-humana, não? Que tal uma bebida gelada? Relaxa, não vai oxidar suas matrizes retrógradas...”. Aceitei, é claro, e mergulhei, gelado, naquele inusitado virtual.
III
“-Achei curioso perguntar do Task, recordar-se dele...”
“-Ele ficou bem assustado com a minha cena, não?”
“-Talvez viajasse nos contornos de suas belas próteses, excitado, talvez.”
“-Mas que conversa solta para um cético, um desplugado, não?”
“Ora, o solário, o meio líquido do cabo. Desejo e medo, você sabe, não?”
“Não me subestime, impostor. Sei que essas cargas não se anulam, daí...”
“Daí você quer conferir, empiricamente, bem solta. Sorriso e prudência!”
“Equivocado, de novo. Já fiz isso, faria de novo. Excitado, impostor?”
“Há algo de memória num vergalhão? Se houver, suponho que haja m...”
Senti ventosas abruptas deslocando-me no espaço, vertigem e dor. Reagi com golpes marciais e ativei as câmeras próximas. Mais um equívoco – Wharia tomou-me se assalto no centro exato de um escotoma – opacidade total, coreografada. Amor..., amortecido pelas fisgadas lancinantes de fratura exposta somada ao odor vaporizado – a
substância gasosa -, ei-la, agindo em meu rosto como agiu no molestador de Wharia...
“-M’sharia, este é o meu nome pós-humano, impostor! E eis seu desejo!”
“-Por quê estou aqui, e não me forçaram? “Pela memória”, replicou-me...
04 agosto 2013
NOTA SOBRE UM DOMINGO
Por Rafael Nascimento
a
bebida estanca
a
febre tanta
que
por horas
tonto
pensei
ser dança
de
um velho tango
e
a janela aberta
não
era sonho
que
sobre a mesa
maldisse
eu tanto
era
só sono
(ou
espanto)
de
um conselho tântrico
que
meu vento leve
soprou
teu rosto
e
assim
voando
deixou
na casa
todo
o encanto.
02 agosto 2013
ALFORRIA
Alforria
Por Wlaumir Souza
A liberdade que me concedes não era esperada
Não foi planeta
Arquitetada
Usas do teu livre-arbítrio
Foge
Nunca me ouvistes
Digo-te
- Casa?
Ouves
Casa.
Nunca me vistes
Apenas no retorno
No contorno
Sou-te grato pela liberdade
Afinal
No início
O amor subjuga, subjulga, submete
O amor concede poder,
Liberto por ti
Digo apenas
Segue a dor que escolhestes
De condenado a seguir apenas a natureza
Envelhecer e entristecer
Sendo o que nunca fostes
O que realmente és somente eu vi
Teus pais temem
Tua família acoberta
No limiar do silêncio
Respondo-te
Segue
Encontra-te na verdade da tua mentira
No grito do silêncio
Digo apenas
Tudo poderias ser
Agora segue a natureza
Trabalha para ter o que te foi concedido
Sem graça
Por Wlaumir Souza
A liberdade que me concedes não era esperada
Não foi planeta
Arquitetada
Usas do teu livre-arbítrio
Foge
Nunca me ouvistes
Digo-te
- Casa?
Ouves
Casa.
Nunca me vistes
Apenas no retorno
No contorno
Sou-te grato pela liberdade
Afinal
No início
O amor subjuga, subjulga, submete
O amor concede poder,
Liberto por ti
Digo apenas
Segue a dor que escolhestes
De condenado a seguir apenas a natureza
Envelhecer e entristecer
Sendo o que nunca fostes
O que realmente és somente eu vi
Teus pais temem
Tua família acoberta
No limiar do silêncio
Respondo-te
Segue
Encontra-te na verdade da tua mentira
No grito do silêncio
Digo apenas
Tudo poderias ser
Agora segue a natureza
Trabalha para ter o que te foi concedido
Sem graça
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