Por Rafael Noris
Um filho é a maior obra que qualquer pessoa pode criar. Escrevo isso com um baita medo de acharem que estou sendo piegas ou careta, mas é o que acredito.
Obra aberta, feita e refeita a partir de cada leitura. De criador passamos a ser leitor, vamos tentando decifrar desde coisas básicas, como “será que é fome?”, até coisas complexas, como “o que ele quer dizer com esse ‘aaaaééén’?”.
Uma obra pós-moderna? Sei lá, mas nela convive o non-sense nas perguntas, a fantasia nas brincadeiras, o drama nos “nãos” que dizemos, o lógico da inocência, o escatológico do desfralde, a aventura em cada sumida, e o terror de acordar a noite e não encontrar os leitores fieis, enfim.
Como obra aberta, somos chamados a participar, é uma leitura cuidadosa e ativa. Cada palavra tem um motivo de estar ali, não tente pular parágrafos, cada frase dessa obra é excepcional. Você verá, quando chegar ao próximo capítulo, terá vontade de reler algumas partes.
Feliz Dia dos Pais pra quem escreve melhor a sua história ao ler a do filho. E um abraço para os colegas daqui que são pais.
ps: leiam um artigo que saiu na revista Vida Simples de maio: A grande criação.
2 comentários:
Rafa,caro,curta e grossa a analogia (sensível!)que tanto cabe ao Caio do Wagner-babão,à Ju-metaleira do prof.Salla,ao meu sazonal Rodrigo e aos filhos dos demais chaleiras,mas-muito em especial-ao teu Miguelito que nasceu em pleno fervo deste blogue.Engasguei em alguns trechos...Valeu!
Escapou-me o Inácio,filho do Alan Carline que retorna às ilustrações aqui depois de período de imersão em HQs com textos de qualidade.Salve!
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