20 setembro 2012

SONETO A UMA RUA ONDE NADA ACONTECIA



(Bebedouro SP 20/09/2012 - Arredores da UNIFAFIBE)



Por Marcelo Finholdt


Toda vez que de longe escutava um ouvido
Logo alguém já dizia: É da rua esquisita!
Toda vez que um olor visitava a alma aflita
Logo alguém respirava: Enfim fez-se o sentido!

Toda vez que ventava o arrepio era tido
Logo alguém pressentia: Ah! Na pele bonita!
Toda vez que distante enxergava Lolita
Logo alguém se entregava: Ah! Saía polido!

Toda vez que o sabor da maçã era o gosto: 
Logo alguém desgostava; esquecia, sumia,
Logo alguém já voltava e provava no rosto.

Toda vez que Lolita assombrava essa via: 
Logo alguém misturava; aquecia-se exposto,
Logo alguém se borrava; esfriava e tremia.


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