15 março 2011

JOSEPH HART VAUDEVILLE – 4



NOS CAPÍTULOS ANTERIORES a trupe do vaudeville de Joseph Hart, na beira da estrada, havia parado.
Entre provocações e uma ameaça de chuva um anão e um piansita faziam comentários maldosos à respeito de seu Joseph, o patrão, e de sua possível bigamia.
No primeiro parágrafo do trecho anterior mencionou-se um revólver. Já que inúmeras cartas de leitores questionaram-me à respeito fornecerei...

Capítulo VI

... A RESPOSTA

Ah, Maria Amélia o revólver, esse revólver do primeiro parágrafo, ferve, bem guardado, no feltro dum paninho. No vão do velho piano [ ................. 17pt. ].
Afinal, todo e qualquer vaudeville tem que ter, por obrigação uma vitrola, um projetor uma tela e um piano velho, né? cheio de cupins, hum? caindo aos pedaços, hein?
– Não interessa!

Capítulo VII

NÃO INTERESSA!

a

Joseph Hart, veio – achtung! – se-lhes-abriu a lona, veia detrás duma boléia repetindo este bordão. Não lhe interessa, a minha vida não lhe interessa.
Pra que ficar falando de Seu Giacomo? Rebenta o vaudeville no punho de outro chicote, Aldrich.Vocês querem saber da vida de Bia Havel e de Renata O´Brien?Vão perguntar à uma cigana, fucking bastards!
Chast Aldrich, o anão alemão, encolheu os ombros. Gregor Simonsen o negrão, o pianista tira, por ora, o pó das calças.
Bruta caixa cerrada, alvo marfim, feltro, tecla preta – um piano é apenas uma trama de aço e martelos? Não, Maria Amélia, um piano é, também, um piano.

b

Joseph Hart – tacões da bota – virou um cesto, [ .... 4pt. ] chutou-o. Bengala, cabelo partido, o testão, o renque, Joseph Hart filho de Giacomo Hart, e o rebenque. Voltou para trás da boléia.
Joseph Hart, a great enterntainer, tocava banjo. [ .............. 14 pt. ] Fazia ciúme. Até os anjos do céu ficavam bravos. Quando, entretanto. Banjo na mão, Joseph Hart fazia o charleston sem tirar as biqueias do sapato do chão. Até os anjos do céu.
Patrão – pois é, qué que o negro, qué que Aldrich tem a ver... – seu Giacomo tossiu um macarrão de sopa / ossos de frango. Papai já tava muito velho. Joseph Hart, a hora e a vez, o chicote e a bengala nas mãos. Já tava fazendo hora extra no vaudeville.


Joseph Hart – um moleque num bairro pobretão de Baltimore, famiglia, um banjo tapas orelhas vermelhas. Manja che te fa bene.
Joseph Hart virou um rapagão e fez carreira nos caminhões do pai. Jovem piadista, hábil, um verdadeiro macaco [ .............. 14pt. ] casou-se, um babuíno na poeira dos palcos. Black-face, camabalhotas, ó piano roufenho. Chapas fotográficas.
Seu Giacomo, ora, bateu as botas pela última vez nas tábuas de um Charlottesville. Foi jantar. Renata O´Brien Hart, mulher de seu filho, serviu a sopa e...



... e agora? por que Joseph mantém o emprego do anão e do pianista? e seu Giacomo? engasgo? envenenamento? Hart e O´Brien teriam-no sufocado? outro artista teria feito o trabalho sujo?
e a chuva? o espetáculo? e a hipotética bigamia dos capítulos anteriores?

NÃO PERCA, NA TERÇA-FEIRA, DIA 29/03 E CONFIRA O PRÓXIMO CAPÍTULO DO NOSSO FOLHETIM...



Nota Grafológica

[ .... 4pt. ] e quetais = pausas, my dear. Espere quatro segundinhos, tome um gole dá água e volte à página.

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