NOS CAPÍTULOS ANTERIORES a embromação tinha acabado, tiramos a cera do chão. O fim está próximo. Jesus vai voltar em três vias, traduzido e juramentado e etc e etc e etc.
Os holofotes estão acesos, o show de horrores vai começar:
Capítulo XX
Na Boquinha da Madrugada
Na boquinha da madrugada. O pó do picadeiro fresta o charque da ribalta. Laranja madura. Hoje tem espetáculo? Laranja podre. Hoje tem goiabada? Sovaco de bailarina, perna de anão, o abraço dos gêmeos siameses.
Na boquinha da madrugada... esse traste presta ou não presta? Peruca empoada, Chast Aldrich já botou a o nariz pras-fora. Barbitúrico público... não, hã... bublicável estúpido. Piadas e mais piadas.
Na boquinha da madrugada, laranja madura, as bochechas vermelhas, a peruca empoada para fora da cortina [ ............ 12pt. ] e o estrépito das palmas? Laranja de-vez. Risos frouxos. Boatos do outro lado do cortinê grená. O do aveso. Laranja podre. O do fosco. Laranja bichada. Veia cava, artéria aorta, ventrículo infiltrado. Laranja verde. O do ódio cagado e cuspido.
Na boquinha da madrugada, cavidades cavilosas? o avesso do avesso do avesso: uma laranja esfaqueada. Hoje tem macacada? ui, a bomba dos corações frevia, Maria Amélia! O ó do Orco.
... esse traste... frincha nas tábuas das arquibancadas uma tosse nervosa um presságio um juramento a carta errada do baralho torto os pé do bode expiatório virado pra trás o calundu o veneno da maldade troncos penhas montes vales e a triaga da virtude a cafungada da macumbeira no cu de Satanás a pemba de Scheherazade o cigarro da Pomba Gira espantando os mosquito no oco da lona.
... presta ou não presta? a plateia veio abaixo. Boquiaberta a criançada vai pular nest´hora de aflição. Pipoca, guri, pipoca taboca espapoca nos gritinhos. Ai, ui! a bomba dos corações.
Na boquinha da madrugada, na boquinha da madrugada rugas de preocupação nos bastidores. Volta, Aldrich! Porra, que é que esse anão tá falando? Número novo? Achtung! Cadê o pianista. Hoje tem marmelada? Gregor, cadê você, Gregor? Joseph Hart empertigado estala o chicote, um macaco em trajos de gala abrupta, arrota, apupa, gira a manivela.
Prontofudeu, a cortina escancarou tudo... quem abriu esta merda? quem tesourou os sacos de areia? O anão gargalhava, estralou os dedinhos grossos.
Capítulo XXI
Evidência
O caixote outrora oculto pelo pano grená bem visível nas suas dobradiças chama a atenção,
couro surrado
fivela de prata, da plateia endiabrada, da primitiva turba furiosa, entre os joelhos do pérfido Aldrich.
Capítulo XXII
O tiro
Na boquinha da madrugada, na boquinha da madrugada, na boquinha da madrugada!
O anão tira o último charuto do bolso e... ai, ui!... toma um tiro bem no nó da nuca.
NÃO PERCA, NA TERÇA-FEIRA DIA 23/08, TUDO PODE ACONTECER, MARIA AMÉLIA. O ANÃO MORRERÁ? QUEM ATIROU? QUE TRASTE É ESSE QUE PRESTA OU NÃO PRESTA? A CHAPA TÁ QUENTE.
A CHAPA TÁ QUENTE, MARIA AMÉLIA!
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