25 fevereiro 2012

DOIS ÁTRIOS E DOIS VENTRÍCULOS


L'amour
Lamúria
Lama e fúria
Lamenta, arde
Por isso ama
Por vezes, ameniza
Reclama por carne
Faz alarde por dentro
Até que aflora e nem avisa.

Vi ser a víscera
Vim sem ser áspera
Esperar por tua demora

Nêspera dura
É meu coração.
Quem quer morder?
Contém nervuras
Convém ternuras
Meio páreo para a solidão
Amor no seio: não pare-o lá!
Há morte só quando é contrário
Um contra-senso à contra-mão.

Vão ou não, é merecido
Cabe no fundo de um sacrário
Por sobre ou debaixo de um colchão.


3 comentários:

Anônimo disse...

Enorme curtição, como sempre, Paola! Beijo.

Anônimo disse...

Não sou nem nunca fui "anônimo" isso é pura malcriação desse novo sistema que abominei para se registrar um comentário. Sou: Cecilia Maria do Amaral Prada......

Anônimo disse...

Agora apagou o comentário anterior, ai minha paciência! Comentário que era "Curtição enorme, como sempre, Paolinha!"

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