BANHO A BANHO
Por Bia Pupin
Como é estranho dar se conta de que a realidade é uma invenção.
Dia-a-dia o mundo cobre-se de sujeira para depois retirá-la em um banho.
“Os detalhes, detalhes”* parte da diferença, são eles que nos levam de um banho pra outro. O resultado de cada detalhe quantifica e qualifica uma vida, um filme, uma novela, uma história...
Qual a história?
Renata notara certa vez , que enquanto seu ônibus deslizava pela via expressa as luzes dos postes se ascenderam , acompanhando seu trajeto, poste a poste.
Quantos já notaram isso? Por que justamente enquanto seu ônibus cruzou a via as luzes se ascenderam? Quem já notou isso? Quantos significados a serem interpretados para que um dia integrem o todo, parte do roteiro de uma vida.
* Detalhes: Particularidade, por menor;
Para os interessados nos detalhes explico o que tento fazer. Experimento um estilo thriller que enumera, isola, observa os detalhes - inclusive os mais sórdidos- espetáculo narrado, analisado, vivido pela quase heroína, a personagem Renata. Em última análise uma história contada em seus pormenores.
Por Bia Pupin
Como é estranho dar se conta de que a realidade é uma invenção.
Dia-a-dia o mundo cobre-se de sujeira para depois retirá-la em um banho.
“Os detalhes, detalhes”* parte da diferença, são eles que nos levam de um banho pra outro. O resultado de cada detalhe quantifica e qualifica uma vida, um filme, uma novela, uma história...
Qual a história?
Renata notara certa vez , que enquanto seu ônibus deslizava pela via expressa as luzes dos postes se ascenderam , acompanhando seu trajeto, poste a poste.
Quantos já notaram isso? Por que justamente enquanto seu ônibus cruzou a via as luzes se ascenderam? Quem já notou isso? Quantos significados a serem interpretados para que um dia integrem o todo, parte do roteiro de uma vida.
* Detalhes: Particularidade, por menor;
Para os interessados nos detalhes explico o que tento fazer. Experimento um estilo thriller que enumera, isola, observa os detalhes - inclusive os mais sórdidos- espetáculo narrado, analisado, vivido pela quase heroína, a personagem Renata. Em última análise uma história contada em seus pormenores.
Um comentário:
Ah...aquela personagem da Lispector depois de experiência epifânica, perdida no Jardim Botânico...Essa sua Renata é catadora de epifanias; daí o tom enigmático do folhetim. Experimentalismo pirandelliano...
Parabéns, professora!
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