08 junho 2010

MARIA-MOLE

MARIA-MOLE

Por Bia Pupin

Seu doce favorito. Enquanto batia o creme se lembrava. Refletia que poderia abrir mão de tudo, mas essa certeza só a fez segurar com mais força alguma esperança.

Enquanto batia o creme se lembrava que foi fácil tirar a foda do velho. Havia sido mais fácil do que acertar o ponto da maria-mole. Teve que abrir outra caixa, pois o creme desandou, começou bater novamente prestando mais atenção dessa vez.

Renata não estava confortável. Ele era um homem velho, ela racionalizava seus motivos. Lamentava sua própria fraqueza. Incrédula analisava suas motivações. O espelho refletia seu olho estourado. Podia sentir a lacuna que não se preencheu.

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