30 novembro 2010

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Por Bia Pupin


Há lugares aos quais nunca mais se retorna.
Renata remoia, reacomodava, murmurava, desfiava. Encolhida sob o edredom, tentando submergir em seu próprio mundo. Repleto de loucura e raiva. Era levada para lá, embalada pelo rio profundo que se movia em reflexos e corria segundo sua vontade.
Renata não admitia regras, normas. Era ali que ela conseguia ser selva, ser pássaro, ser tarde, ser dia...
Foi o lugar que sobrou depois da ilusão.

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