Por Guilherme Salla
A tinta seca, colada à parede,
descasca o tempo.
descasca o tempo.
Marca o que não permanece
no oco do reboco.
Ouve-se o dia chegar,
o assoalho estrala
sobressalto, o sapato estaca.
À porta, bate e abre
o vento.
Em cada aposento
há poeira e o pó deposita-se
na mobília, sobre os cupins.
O ar abandona o ambiente
antes de tudo ruir.
Lá, já
nada mais
morava.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário