06 janeiro 2011

TROVAS À MORTE !


(avec tristesse)
Por Marcelo Finholdt

Mote
Venha! Morte e esfregue o manto:
Nesta face feito o vento,
Em meu corpo nada santo,
Venha com o céu cinzento!

Glosa
Venha! Morte e esfregue o manto!
Deixe ao cheiro do jasmim
Eu ouvir sua voz, seu canto,
Ecoando bem em mim!

Venha e esfregue o manto agora
Nesta face feito o vento!
Eu prefiro nesta hora,
Neste instante, sem momento.

Venha! Morte e esfregue tanto:
Embriague-se em sentidos,
Em meu corpo nada santo,
Meus cabelos, pés e ouvidos.

Morte! Arraste o manto e venha:
Imponente no advento,
Deixe os outros co’a resenha,
Venha com o céu cinzento!

3 comentários:

Anônimo disse...

esperamos por ela, mas a vida nos surpreende a cada dia. Marcelo Finholdt, a trova é uma relva gelada sobre os pés.

Vinicius disse...

Tem umas que vem sem o manto, com o manto bem aparado, manto de várias cores, e morte de vários sabores!!! Ah, morte!!! Amo você! Tá?

Anônimo disse...

O céu - caro anônimo - talvez seja o fervor da vida sobre nossas mentes, verdadeiras, ou não!
Vivas aos viventes!

Marcelo Finholdt

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