11 junho 2011

TURISMO


Brian Eno - Bottomliners

Um Porto seguro a conhecer pessoas fernandas novas.
Um morto é duro feito pão amanhecido no inferno.
Uma fuga para Londres com frio de viver.
Uma ruga não esconde as tuas longicidades.
Suma já daqui para eu poder sentir saudades.
Ruma para a linda Berlim e pixa o resto do muro.
Arruma a bagagem antes de entrar na berlinda.
Faça um furo no cartão postal do céu em cinzas.
Fumo enquanto Paris se incendeia entre minhas pernas.
Entro na favela sem tantos calos nos pés.
Calo a boca para que não haja língua nenhuma.
Falo babelês com tradução subcutânea.
Injeção de gás nos balões tão altos agora.
Colisão de automóveis nunca impediu de partir.
Avião atrasa pelo bando de pássaros frente à cabine.
Melhor levar a bicicleta sem marchas.
Asas do desejo me fazem espirrar na biblioteca.
Há um anjo próximo a sussurrar vertigem.
Linguagem dos mapas coloridos nos livros.
Litros de mensagens na garrafa só de araque.
Emborca gargalo do vinho e não paga taxa de embarque.
Desemboca no Chuí insustentável chão de cachoeira.
Comeu poeira na estrada de sal paradise lost.
Maus andarilhos detestam trocadilhos assim.
Mas no sim apanham caronas sem trocados.
Dedo polegar ao lado e pernas à mostra.
Mochila nas costas.
Qual será o novo fim?
Passagem.
A sorte passou pela fronteira.
O passaporte agora foi cancelado.

Um comentário:

Marcelo Finholdt disse...

Paolita! Só morto para de RASGAR A SEDA!

Beijo

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