Por Luana Maccain
No verão, eu e Cibele fomos acampar nas montanhas. Tudo corria bem até ela se lembrar, no meio da viagem, que o Toddy (o seu poodle de estimação que me irrita só de ter ele entre minhas pernas) precisava tomar remédio.
- Eu preciso avisar à velha o horário de dar...
- Ai, ai ,ai, Ci-be-le!
Enquanto Cibele verificava o sinal do celular, a cerração dançava pela estrada. A noite por si só me fazia lembrar do dia de Finados. Por que esse feriado? Pela morbidez da estrada. Eu, ao volante, e minha amiga, no banco do carona.
- Pare o carro! - gritou Cibele de súbito.
O carro sofreu um solavanco violento até parar totalmente.
- Olhe ali!
- Uma cabine telefônica?
- Vamos tentar uma ligação.
- Ei! - eu disse, interrompendo sua tentativa de sair do carro. - Não acha que é perigoso ficarmos paradas no meio da estrada?
- Vai ser rapidinho. Não demoro. Me espere aqui, sua boba - ela saiu, cheia de si.
Cinco minutos depois, comecei a sentir falta da minha amiga.
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