10 dezembro 2011

NÃO QUEREMOS SUPER-HOMENS!

O cinema, a tv, com seus filmes e séries, carregam a ideologia de uma era, a vendida por seus governantes, uma série de rituais a serem imitados pelo povo em sua domesticação. Assistindo a filmes de décadas diferentes é possível se ver o contraste das realidades, quando analisando séries dos anos 60 como Jornada das Estrelas, ou Além da Imaginação, vemos sempre o reforço de certos papéis, como o do homem determinado, seguindo seu próprio destino, tomando ação, repreendendo os inferiores a ele, os que só seguem, os que não lutam, os que são deixados para trás a obedecer. Há um sentimento nos textos que os melhores da sociedade tem de lutar para se fazerem vistos e a partir dai comandarem com a sua excelência. Enquanto os fracos devem perecer, ou obedecer. Vindo para o presente, somos apresentados ao total oposto, em séries como New Girl, The Big Bang Theory, ou Two and a Half Men. Todos são aceitos, defeitos não são mais defeitos, são identidades, não há necessidade assim de melhorar, de se transformar, se deve ficar sempre no status-quo, e todo problema que deste provir, é só um fato da vida. Sim, temos os competentes em certas áreas, áreas bem específicas, que servem bem a sociedade, aos governos, mas que sozinhas ainda os deixam incompletos como indivíduos. O texto agora é: ache uma função, produza dinheiro com ela, e fazendo isso, tudo estará bem, pois mesmo sendo um desastre em todo resto, esse é quem você é, e veja temos muitos produtos mas esse seu tipo de você! Não queremos super-homens!

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails