18 fevereiro 2010
SONETO XVI
Por Marcelo Finholdt
“Sabe então o que houve e se o mesmo ainda existe...”
Dedicado a jovens “insetos”.
Joaninha saudosa esqueceu a razão...
O bom tempo passado, onde a dor ancorou,
Viu os fundos de mato onde o grilo chorou,
Esquecido, tristonho, ah que dor coração...
Na verdade tal grilo, a Joaninha esnobou,
Sem saber que o pequeno era grande e chorão,
Insensível Joaninha a viver sempre em vão,
Nunca neste planeta outro grilo encontrou.
Sob o sol das manhãs Joaninha o procura,
E ao cair da tardinha a menina desiste.
Todo o dia outro sol que parece pintura
Olha pelo horizonte a ver se ela ainda insiste.
Só quem sabe onde está o tal grilo sem cura,
Sabe então o que houve e se o mesmo ainda existe...
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4 comentários:
Um soneto-quase-fábula; burlesco e intrigante.
Fabuloso inseticida, Finholdt!
Insetos vivem tão pouco... que a joaninha, e também o grilo, se divirtam antes que a coisa, a vida, acabe...
Que saudade da minha infância!
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