Por: Paola Benevides
Quererei o fim do mundo para esta noite. Sim, ele se fará antes de mim. Já vim arrumada em malas e com pele à flor. Há escombros por toda parte, mas a arte se mantém perversa a operar milagres. Espero meu fígado suportar as absorções desmedidas do néctar anti-dor. Transpiro pérfida fedentina alcoólica em movimento de translação sem Terra. Que meu peito já pulsa e pula aos sons que tocam lá fora. Absintonizada com o desmundo novo que virá. Virado ovo. Pois desbunda o infinito.
2 comentários:
Ninguém lerá isto mesmo... Fica então para meu agrado narcísico.
Eu, que leríamos, p.ex., perdi o fôlego. Passei os olhos e a condensação atômica desse texto (já não chamo mais de 'mônada' porque a coisa está se inventando abssíntica, pra além da representação - Obs.: se você já toca Deleuze agora, já decreta a desconstrução da morte e engravida o instante, a qualquer momento) e eles ficaram imantados. Terça, 13, aniversário do blogue, ia pedir uma chaleirinha pra ilustrar (caiu em mim!) minha postagem. Agora não sei o que faça. Sei que parece estúpido chamá-la visopoeta-quiabo, mas essa patinação metonímica é resistência radical ao sentido. Ducaralho! Parabéns, loca-Lola!
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