24 maio 2011

JOSEPH HART VAUDEVILLE - 9


por Vítor Queiroz


NOS CAPÍTULOS ANTERIORES choveu torrencialmente. Ódios e fofocas mancham o asfalto da estrada.

Percalços e boatos a parte, a trupe do so called Joseph Hart Vaudeville procurava um posto de gasolina para proteger-se do aguaceiro. Bia Havel e Renata O ´Brien Hart preparavam-se para cantar juntas e esclarecer as tramas de muitos nós.


Capítulo XIII

FALSAS ESPERANÇAS


Nada feito, a chuva acabou. Mas vamos cantar mesmo assim, Bia. Pra que, ninguém precisa mais proteger as casacas. Nós estamos ensopadas. Você tem razão. Quando a gente chegar. Virando aquela esquina. Você tem razão.

Bom, vamos cantar mesmo assim. Vamos. Para ajudar os bufos a secarem as meias e baterem os martelos. Joseph não quer mais saber Gregor e Chast, não. Vamos, O ´Brien. Pra que gastar parágrafos com mesquinharinhas. Bricabraques tão velhos, Bia. Mesquinharia. Vamos ensaiar. Vamos.


Capítulo XIV

LA PREGUNTA


Roda a carroça, as lonas foram amarradas outra vez. Merda a merda a merda. – Quanto falta daqui pro posto? – uma bailarina. Quer la respuesta.


Capítulo XV

LA RESPUESTA


a

Posto de gasolina – um frentista gordo. Bola de Sebo numa encadernação vagabunda. Bomba, falasfalto e, Maria Amélia, um fio álacre, pardacento da gasolina olorosa.

Vocês já viram as portas de um dos banheiros, não? Pra que gastar rodagem, então? Pó de carroceria. [ ........................ 24 pt. ] Chegamos. Já faliram as respostas. Quietos



chegamos.


b

Bia Havel, sobrancelha arqueada para fora da lona. Mãos na cintura. Num posto. Beira de estrada. Calorão. Puta calor, rapá. Revólver. O falasfalto todo enfumaçado. Calorão.

Não adiantou. O frentista balofo esfrega a graxa das mãos. Choveu pra que nesse bagaço de curva? Ora bolas. Bia Havel volta, vai, revira uns trapos na carroça. Abram as jaulas dos leões.

Palhaços e anões, um caboclo sentado numa boléia e o frentista boquiaberto. O Vaudeville chegou. Lona para cá, uma corda estirada. Macacos amestrados mostram gengivas e o pianista, Gregor Simonsen, fecha as suas mãos tremendas num cabo de martelo.

Ai, ôi [ ....... 7pt. ] puxa, pull, disguise, entorta para a direita. Joseph Hart dá as ordens. Pisa fundo a grama esturricada. O tacão das botas. Ninguém sabe para que choveu.

Bom, de qualquer maneira hoje haverá espetáculo. O patrão resmunga. Aldrich cospe no chão frestado. Poças de chuva. Bora, trupe [ .............. 14pt. ] enquanto, enquanto., Bora abastecer já esses tanques que a gente ainda tem chão pela frente.


c

Quando, entretanto. Bia Hart e Rebata O´Brien Havel já estufaram o peito e...



NÃO PERCA, NA TERÇA-FEIRA, DIA 07/06 VIRE O MÊS E ABRA E TIRE TODA A CERA DO OUVIDO. A PRIMA DONA, AS BÍGAMAS, O GOGÓ DA GLÓRIA CANTARÃO SOLFAS DE OURO NO PRÓXIMO CAPÍTULO DO NOSSO FOLHETIM.

AGUARDE E CONFIE.




Um comentário:

Anônimo disse...

Bom texto e belíssima fotografia!
Isabel Furini

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